"Mais vale arrependermo-nos daquilo que fizemos do que daquilo que não tentámos sequer fazer" li esta frase num blog algures(vou tentar descobrir a fonte) e sorri, sorri porque esta é uma das minhas filosofias, acho que desde sempre que penso assim.
Quando andava na escola, sempre fui uma miúda meio inconsequente, meio louca, arriscava sempre e por vezes dei-me mal, mas olhava para as minhas amigas e pensava,"vá lá, não custa nada,arrisca" e elas ficavam a olhar para mim com um ar que nem vos conto.
Sempre fui Maria Rapaz.
Lembro-me de entrar em concursos de luta no meu 5º e 6º ano com os rapazes lá da turma e quase nenhum me ganhava.
Lembro-me de ter muitos amigos rapazes mas apenas saber lidar com eles como amiga e não como rapariga.
Lembro-me de só e apenas por volta dos 15 aninhos é que comecei a olhá-los de outra forma, até lá era mais na base de companheirismo.
Lembro-me também de brincar até altas horas na rua e viver abertamente sem qualquer tipo de pânico ou fobia.
Lembro-me de ser atropelada, com 12 ou 13 anos, por uma mota que ultrapassou pelo passeio um carro que me tinha deixado atravessar a estrada, e sabem o que fiz?
Nada, absolutamente nada, levantei-me do chão, fui para o jardim brincar e voltei a casa sem abrir a boca, não disse nada a ninguém, aliás para mim tinha sido apenas um pequeno acidente, não valia a pena entrar em histeria.Agora imaginem a minha querida Avó (que foi quem me criou) ir ao pão no dia seguinte, e perguntarem-lhe se estava tudo bem comigo, se tinha ido ao hospital e se não tinha nada partido, e ela coitada sem saber o que se tinha passado e sem saber o que tinha acontecido, explicarem-lhe e ela ir a correr para casa, acordar-me aos berros a perguntar porque é que não lhe tinha nada e eu sem saber o que lhe dizer.
Os dias seguintes para mim na altura foram extraordinários, tinha vivido aquela história e ainda tinha uma nódoa negra que começava no tornozelo e ia até ao joelho da perna esquerda e andava toda contente pela escola a mostrar a minha medalha, a prova de que era uma "gaja" forte e corajosa, até tinha sido atropelada e não me doía nada!!!rsarsrsr
Hoje com 27 anos, quando quero vestir uma saia ou um vestido mais bonitinho e olho para as minhas pernas cheias de cicatrizes e manchas a primeira coisa que me vem a cabeça é o porque~e de eu não ter sido mais recatada, mais menininha, mas logo me lembro de episódios como este e sinto que pelo menos tive uma infância livre e despreocupada, onde todos podíamos brincar na rua e crescer aos gritos e saltos e correrias e considero que todas as marcas que tenho no corpo, principalmente nas pernas, estão ali por uma razão apenas, para me lembrar de como é bom brincar e ser criança.
Quando andava na escola, sempre fui uma miúda meio inconsequente, meio louca, arriscava sempre e por vezes dei-me mal, mas olhava para as minhas amigas e pensava,"vá lá, não custa nada,arrisca" e elas ficavam a olhar para mim com um ar que nem vos conto.
Sempre fui Maria Rapaz.
Lembro-me de entrar em concursos de luta no meu 5º e 6º ano com os rapazes lá da turma e quase nenhum me ganhava.
Lembro-me de ter muitos amigos rapazes mas apenas saber lidar com eles como amiga e não como rapariga.
Lembro-me de só e apenas por volta dos 15 aninhos é que comecei a olhá-los de outra forma, até lá era mais na base de companheirismo.
Lembro-me também de brincar até altas horas na rua e viver abertamente sem qualquer tipo de pânico ou fobia.
Lembro-me de ser atropelada, com 12 ou 13 anos, por uma mota que ultrapassou pelo passeio um carro que me tinha deixado atravessar a estrada, e sabem o que fiz?
Nada, absolutamente nada, levantei-me do chão, fui para o jardim brincar e voltei a casa sem abrir a boca, não disse nada a ninguém, aliás para mim tinha sido apenas um pequeno acidente, não valia a pena entrar em histeria.Agora imaginem a minha querida Avó (que foi quem me criou) ir ao pão no dia seguinte, e perguntarem-lhe se estava tudo bem comigo, se tinha ido ao hospital e se não tinha nada partido, e ela coitada sem saber o que se tinha passado e sem saber o que tinha acontecido, explicarem-lhe e ela ir a correr para casa, acordar-me aos berros a perguntar porque é que não lhe tinha nada e eu sem saber o que lhe dizer.
Os dias seguintes para mim na altura foram extraordinários, tinha vivido aquela história e ainda tinha uma nódoa negra que começava no tornozelo e ia até ao joelho da perna esquerda e andava toda contente pela escola a mostrar a minha medalha, a prova de que era uma "gaja" forte e corajosa, até tinha sido atropelada e não me doía nada!!!rsarsrsr
Hoje com 27 anos, quando quero vestir uma saia ou um vestido mais bonitinho e olho para as minhas pernas cheias de cicatrizes e manchas a primeira coisa que me vem a cabeça é o porque~e de eu não ter sido mais recatada, mais menininha, mas logo me lembro de episódios como este e sinto que pelo menos tive uma infância livre e despreocupada, onde todos podíamos brincar na rua e crescer aos gritos e saltos e correrias e considero que todas as marcas que tenho no corpo, principalmente nas pernas, estão ali por uma razão apenas, para me lembrar de como é bom brincar e ser criança.
Mesmo olhando para as cicatrizes, valeu a pena de certeza teres tido todas essas " aventuras ", ser perfeita mas nao sair do sofá nao é viver ;))
ResponderEliminarBeijinho